quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

a vida não é filme


a vida é ensaio
nada pronto, nem editado...
a vida é making off
improviso
pastelão, drama, romance, comédia, terror, até catastrofe.. mas ficção não
"viver é uma arte é um ofício só que precisa cuidado"
concordo nando reis..
mas vamos lá aproveitar que amanhã vai ser outro dia...
e já 2010... o que não deu tempo pra esse
vamos fazer pro outro
e contem comigo..
se for pro bem.. agulhas não são comigo...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

poema dado a mim por sininho




O menino que carregava água na peneira - Manoel de Barros

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos.




pic1/; manoel de barros/desenho por google imagens
pic2/; pic do album de sininho, seu alter ego!!
ela mesmo virtual e uma amiga doce e lal.. que sabe das coisas inclusive de mim...

poema doado a mim por sininho

O menino que carregava água na peneira
Manoel de Barros

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos.


pic/; alice ou alter ego!!
"Quem é você?" - perguntou a Lagarta
roubada do album de sininho
uma amiga doce, virtual, mas que entende de muitas coisas
inclusive de mim,

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quando um comentário vira post num blog “alheio”

Jota escreve sobre L'après midi d'un Fauller (http://fauller.blogspot.com/ - terça-feira, 8 de dezembro de 2009)

as fotos seqüências do entardecer de fauller...

é*: obra - manifesto - dança - retórica - pause - corpo - intimidade - dor - brasilidade e ciclo...
a dança de fauller está em cena num corpo só, que é único, mas não sozinho é corpo entregue, exposto, digno e verdadeiro... em ciclo, como no tempo que reverbera as tardes e traz consigo estas palavras destacadas acima...
memórias da pele na vida de um rapaz latino, que ouve nara leão e se quebra num baticum de celebration...
a cena é a vida de fauller
e ela se constrói exatamente na nossa cara
como uma foto
mas de verdade, verdade que dói mesmo sendo sensível.
daí, ou se fecha os olhos ou se deixa ir
mas no fim da tarde algo fica latente
muito mais do moço-artista que mostra o saco




* registrando a escolha do "é" pelo "são"
foi proposital para tentar individualizar o que é plural e latente

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

festa

“Vamos fazer uma Festa enquanto o dia não chega”
caio fernando abreu




o que move o encontro?
como é bom festejar!
estar perto de quem se ama!
abrir a casa, colocar roupa bonita, selecionar música, afastar o sofá pra ampliar a “pista de dança”!




Este sábado alysson deu uma festa, era regra não comentar do ocorrido com quem não esteve lá.. mas só vou falar de mim a vocês, então acho que tenho esse direito…

Primeiro,
preciso dizer que desde agosto estou morando em Juazeiro e sobram momentos felizes aqui com amigos verdadeiros, Aly e Lu deixam meus dias bem felizes.. E ainda ganho o sorriso e atenção de Dan (isso é que é bônus)...
outra estamos em cartaz, o dia a dia do teatro, público, soluções de luz num teatro pequeno...
Mas nada como viver o sonho junto e lutar para construir algo que amamos:
DANÇA...
e estamos em construção literalmente, paredes, corpos, espelhos, sonho, projetos...

Segundo,
estar longe de minha mãe, do meu amor e de outros amigos que amo dá uns apertinhos no coração e lá vou do 3º andar olhar a vista, vê a chapada, o sino da igreja aqui perto, às vezes caem lágrimas, soluços, outras uma gargalhada e uma sonora AQUENDA..
é isso mesmo vamos a vida..

Terceiro ,
todo mundo espera alguam coisa de um sábado à noite....
é na festa onde o povo é ele mesmo
é onde se bebe além da conta
é onde se expõe, onde se é visto sem protocolo
E assim foi esse encontro, com belas palavras do anfitrião
Sorrisos e palavras em decalque pelo chão
Votos de felicidades sem a música da simone ao fundo
peformance para caio fernando abreu
e comida gostosa
chuva, chuva, chuva
Brindes pelo encontro e pelo privilégio de se estar vivo e com saúde
E na festa que dormir no sofá ainda de sapatos é a prova dos nove que se deve seguir no bloco da alegria... Estando aqui ou acolá e esta sendo muito bom estar aqui...

Ah, o que move o encontro? Pra mim o Amor e a vontade de Viver...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

do que se pode dizer

dias cheios

horas gastas

ano acabando e muitas coisas a serem feitas

lá vou eu de novo,

enfim..

feliz por conquistas e querendo alcançar ainda mais

quem vem comigo?

quem está por mim?

e vamos nós...
que venha a batalha:

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

perto do coração selvagem




— Posso inventar outra agora mesmo: "Ó sol, vem brincar comigo".


(Perto do coração selvagem, Clarice Lispector - Editora Nova Fronteira, 7ª edição, 1980)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

alguma coisa esta fora da ordem

vampiros,
virgens,
tragédias,
parte II
sempre povoaram as telas de cinemas a procura de salas cheias e retorno certo...
mas a continuação de crespúculo "lua nova" e "2012" estão fazendo barulho em todo Brasil e em Juazeiro não seria diferente...
mas, enquanto esse vídeo não chega as minhas mãos(pq não vou pra fila) me divirto vendo e lendo sobre meninas e "meninões" que querem por que querem, serem mordidas(os) pelo bonitão que não toma banho e vê de camarote a profecia de nostradamus, com direito a queda/ruína do cristo redentor ... tão bem cantada por cássia eller...
aí deu saudade:

Quando o segundo sol chegar/Para realinhar
As órbitas dos planetas/Derrubando com O assombro exemplar
O que os astrônomos diriam/Se tratar de um outro cometa...(2x)

Não digo que não me surpreendi/Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar/Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar/ Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha/ Incluída nessa minha conversão

Eu só queria te contar/ Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia/ E a vida que ardia
Sem explicação...

O Segundo Sol
Composição: Nando Reis


para apimentar:

" A grande estrela por 7 dias arderá,
Grande nuvem fará 2 Sóis aparecer,
O grande mastim toda a noite uivará,
Quando grande pontífice mudar de território."

"Vereis cedo e tarde fazer grandes mudanças,
Horrores extremos e vindicações,
Que a Lua assim conduzida pelo seu anjo,
O Céu aproxima-se das inclinações."

"Quando a falta do Sol então será,
No pleno do dia o monstro será visto.
De modo bem diverso se interpretará,
Careza não tem guarda, ningém tal terá previsto.

" A lei do Sol e Vênus contendidos
Apropriando o espírito de profecia,
Nem um nem outro serão entendidos,
Pois o Sol se manterá a lei do grande Messias."


CENTURIA I - Nostradamus



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ando com minha cabeça lá pelas tabelas


Peter Brook há tempos questionava a ativação do músculo da imaginação, e graças a muitos e muitas formas de arte e amor este meu músculo sempre foi "todo trabalhado", mas esta reflexão foi de novo possível qdo deu-se por fim a 11a. mosra sesc de artes, onde por alguns dias vi uma produção efervescente de bons trablahos braisileiros pras bandas de cá...
Só cheguei na 4a a mostra começara no sábado passado, mas muita coisa eu pude ver..
Posso listar as coisa boas vistas, mas penso que deixarei meu texto livre para o que pintar/;

"esparrela" da cia bigorna da Paraíba foi uma grata surpresa e um monstro de possibilidade e questionamentos me veio, sobre idade, arte, corpo, cena e olho. sim olho de platéia e esquisito, olho de artista mais ainda. A fábula de um urubu que aprendera a dança e que podia voar sozinho foi maguistralmente contada e dançada por um corpo velho, sim velho, graças a Deus, pq
só aquele corpo pra contar aquilo de uma forma tão iteligentemente.

"extranjis" o acontecimento cênico proposto por aquele espanhol, estrangeiro que ocupou uma casa em frente ao sesc, foi um dos momentos mais interessante de ser público de arte. Porque publico e corpo e cena deste acontecimento quase "cínico". Qdo se é estrangeiro? Como somos estrangeiros com pessoas que falam nossa mesma língua e moram na nossa mesma cidade? um vinho e uma panqueca de batatas para fechar a noite... intimidades, convivências e verdades neste teatro/vida...

ainda pontuo: "inventário" da cia roda gingante do RJ; "esterya" do grupo XIXZ de teatro de SP
não vi tudo, mas fiquei muito contente com o que vi...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

um ano depois

um ano depois, me revejo graças ao google...
será hora de voltar pra este mundo de palavras, encontros, pessoas, desencontros, fakes, pensamentos e diversos?!?!

nos encontramos em breve...